quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Hora é Agora!



Cuiabá é praticamente uma pequena metrópole. Sua população já beira 600.000 pessoas. Isso sem considerar a região metropolitana, que já toca os 900.000 habitantes. Desses mais de meio milhão que vivem na capital, cerca de 400.000 são eleitores, ou seja, são considerados aptos, pela justiça eleitoral a escolher seus representantes dos poderes executivo e legislativo.
Pois bem. Quando se analisa a política numa perspectiva de se promover o bem comum, focado sempre no interesse coletivo e a busca da promoção social, percebemos que bastaria ao postulante dos cargos públicos uma bela dose de consciência política.
Não é preciso muito esforço para perceber que na prática não é bem assim. Com um mínimo de criticidade, perceberemos que o que está em jogo é sempre os interesses de alguns, em detrimento do coletivo, sejam esses interesses institucionalizados ou não.
A nossa câmara de vereadores historicamente não contribui de forma relevante para os interesses dos cuiabanos. Basta fazer uma análise das últimas quatro legislaturas pra perceber que não há um grande projeto que tenha ido de encontro aos anseios das pessoas de uma maneira geral.
O mandato que se encerra ao final deste ano não foge à regra. A venda da companhia de saneamento, o loteamento de ruas no bairro do Porto, a mudança no funcionamento do sistema de transporte coletivo, só pra citar três exemplos, deram a tônica desta última legislatura, ou seja, foram decisões tomadas sem uma ampla e honesta consulta à população.
Embora particularmente não morra de amores pelo sistema vigente de organização da sociedade brasileira, não posso negar que é este que está em vigor. Diriam alguns mais pessimistas que o capitalismo é irreversível. Mas não é disso que quero tratar. Pretendo apenas ressaltar que neste sistema, quando não se está satisfeito com determinado serviço, troca-se o servidor. As eleições livres no Brasil, embora eu ainda não dispense as aspas, dá plenos poderes ao eleitor de promover essa mudança.
Então com um mínimo de reflexão crítica, e considerando a quantidade de candidatos que pleiteiam uma vaga na Câmara Municipal, é de se esperar que os eleitores repercutam essa análise, e repensem se não é chegada a hora de fazer no mínimo, uma renovação no quadro de vereadores.
É claro que quem almeja realmente alguma mudança, dirá que é preciso antes de qualquer coisa mudar as estruturas do poder que favorecem e estimulam essa dinâmica, no que eu concordo literalmente. Mas as eleições estão aí, e neste momento podemos minimamente promover uma mudança no quadro que compõe o nosso legislativo municipal. O que não podemos é esperar que aqueles que já demonstraram a que vieram, continuem a nos “representar”. A hora é agora!!
É preciso afiar o bico e romper passagem, pois a portinha da gaiola jamais se abrirá sozinha!

2 comentários:

  1. Difícil é achar gente que pense assim... Tem pessoa que nem sabe quem esta se candidatando...

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  2. Ou pior... Vota no candidato que lhe "favorece" mais.

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