Cuiabá é praticamente uma pequena metrópole. Sua
população já beira 600.000 pessoas. Isso sem considerar a região
metropolitana, que já toca os 900.000 habitantes.
Desses mais de meio milhão que vivem na capital, cerca de 400.000
são eleitores, ou seja, são considerados aptos, pela justiça
eleitoral a escolher seus representantes dos poderes executivo e
legislativo.
Pois bem. Quando se analisa a política numa
perspectiva de se promover o bem comum, focado sempre no interesse
coletivo e a busca da promoção social, percebemos que bastaria ao
postulante dos cargos públicos uma bela dose de consciência
política.
Não é preciso muito esforço para perceber que na
prática não é bem assim. Com um mínimo de criticidade,
perceberemos que o que está em jogo é sempre os interesses de
alguns, em detrimento do coletivo, sejam esses interesses
institucionalizados ou não.
A nossa câmara de vereadores historicamente não
contribui de forma relevante para os interesses dos cuiabanos. Basta
fazer uma análise das últimas quatro legislaturas pra perceber que
não há um grande projeto que tenha ido de encontro aos anseios das
pessoas de uma maneira geral.
O mandato que se encerra ao final deste ano não foge
à regra. A venda da companhia de saneamento, o loteamento de ruas no
bairro do Porto, a mudança no funcionamento do sistema de transporte
coletivo, só pra citar três exemplos, deram a tônica desta última
legislatura, ou seja, foram decisões tomadas sem uma ampla e honesta
consulta à população.
Embora particularmente não morra de amores pelo
sistema vigente de organização da sociedade brasileira, não posso
negar que é este que está em vigor. Diriam alguns mais pessimistas
que o capitalismo é irreversível. Mas não é disso que quero
tratar. Pretendo apenas ressaltar que neste sistema, quando não se
está satisfeito com determinado serviço, troca-se o servidor. As
eleições livres no Brasil, embora eu ainda não dispense as aspas,
dá plenos poderes ao eleitor de promover essa mudança.
Então com um mínimo de reflexão crítica, e
considerando a quantidade de candidatos que pleiteiam uma vaga na
Câmara Municipal, é de se esperar que os eleitores repercutam essa
análise, e repensem se não é chegada a hora de fazer no mínimo,
uma renovação no quadro de vereadores.
É claro que quem almeja realmente alguma mudança,
dirá que é preciso antes de qualquer coisa mudar as estruturas do
poder que favorecem e estimulam essa dinâmica, no que eu concordo
literalmente. Mas as eleições estão aí, e neste momento podemos
minimamente promover uma mudança no quadro que compõe o nosso
legislativo municipal. O que não podemos é esperar que aqueles que
já demonstraram a que vieram, continuem a nos “representar”. A
hora é agora!!
É preciso afiar o bico e romper passagem, pois a
portinha da gaiola jamais se abrirá sozinha!
Difícil é achar gente que pense assim... Tem pessoa que nem sabe quem esta se candidatando...
ResponderExcluirOu pior... Vota no candidato que lhe "favorece" mais.
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