De súbito, lembrei-me de uma senhora
negra, analfabeta, cristã protestante, mãe de seis filhos... Dona Diva, minha
mãe...
O que escrever dessa mulher? Os dedos
parecem que ficam gelados e a cabeça confusa.
Poderia estar sendo injusta com ela,
afinal não consigo me lembrar de tudo. Posso esquecer-me de alguma coisa
importante, e comprometer toda a descrição.
Mas de uma coisa me lembro. Não se trata
de uma mulher perfeita, falar a verdade, ela nunca quis ser. Não tem nada a ver
com aquela ilustre representante da sagrada família. Apenas conduziu ao lado de
Olimpio (que de José também não tem nada... mas deixa pra lá...) um projeto de
família.
Sem nunca ter frequentado a escola, nos
conduziu até onde deu, ou até onde seu universo permitiu. E, não podemos
reclamar. Fomos mais longe do que ela poderia supor.
Poderia aqui descrever as noites
acordadas, ou de “sono leve” dos sábados ao longo do tempo, dos cuidados naquelas
horas difíceis...
Mas não é necessário... Ela não precisa
e nem pretende nada disso... Só me lembrei de umas coisas mais ou menos assim:
"Ooow gurizinho terrívee... não concorda com nada", dizia ela...
Mas também já a peguei falando pra alguem assim:
"Esse meu filho Jairo é incrívee...
Incrível é a senhora, que nunca frequentou escola, mas do alto de sua sabedoria, sempre nos norteou no caminho do bem e da justiça...
Feliz Dia das Mães, dona Diva, e todas as mães do mundo!!!
"Ooow gurizinho terrívee... não concorda com nada", dizia ela...
Mas também já a peguei falando pra alguem assim:
"Esse meu filho Jairo é incrívee...
Incrível é a senhora, que nunca frequentou escola, mas do alto de sua sabedoria, sempre nos norteou no caminho do bem e da justiça...
Feliz Dia das Mães, dona Diva, e todas as mães do mundo!!!
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