Já
trabalhei como auxiliar de mecânico de ar condicionado, servente de pedreiro,
balconista de supermercado, porteiro de condomínio... Enfim, já fui muita
coisa, mas nada, nada mesmo que pudesse parecer com professor de crianças.
Pedagogia? Fui fazer porque foi o curso que minha nota do ENEM permitiu. Mas, quem
me conhece sabe que este tempo na UFMT, de 2011 a 2014, foram os anos mais
interessantes da minha vida. Ainda assim, pensava, vou fazer qualquer coisa pra
escapar dos pequenos. Crianças? Deus me
livre! Vou batalhar para dar aula na educação superior. Claro que este sonho
ainda está aqui, guardado, mas por enquanto deixa isso quieto, não quero cansar
vocês...
Então,
a graduação acabou e veio esse “concursão” da prefeitura de Cuiabá. Vou lá
fazer, tá todo mundo fazendo e não vou pagar nada mesmo... A história deste
concurso todo mundo sabe, entre sacanagens e covardias da prefeitura/FGV acabei
sendo um dos 187 sobreviventes que conseguiram aprovação. No dia de escolher a
escola deixei meu coração decidir, e ele me levou à EMEB Clóvis Hugueney Neto,
uma escola novinha em folha aqui no bairro Altos do Parque.
Até
então, minha única experiência com crianças tinha sido no estágio, sim, aqueles
mesmo do Tereza Lobo que ficaram conosco (Sofia e eu) durante algumas poucas
semanas. Amanhã, quero todo mundo na escola, trabalhando, disse veementemente a
representante da secretaria de educação. Senhor da glória, o que faço agora? Corri
pedindo socorro a uma pessoa querida, a Vanesa. Sentamos, conversamos, reviramos
arquivos, fuçamos orientações da SME, do PNAIC, do TRILHAS. Discutimos,
escrevemos e fomos, juntos, com meu termo de posse me apresentar à escola.
Chegamos. Apresentei-me à diretora, professora Vandelice, que me apresentou
também a coordenadora pedagógica, professora Dalva.
Na
minha ingenuidade, achava que a professora da minha turma ainda estaria lá no
outro dia, me entregaria os planejamentos, ficaria comigo uns dias, para só
depois, eu ficar sozinho. Ledo engano. Nesta conversa com a gestão descobri uma
coisa que me deixou em pânico. A outra professora já havia sido dispensada,
então, no outro dia, pela manhã, a turminha estaria me esperando. Claro que fiz
cara de quem era a pessoa mais segura deste mundo, afinal, não poderia dar
pinta. Porém, minha vontade era sair correndo dali.
Não
corri, fui pra casa, dormi pouco. No outro dia fui conhecer meus alunos.
Obviamente, não tinha ideia de como eram os rostinhos deles. Na mochila, eu
carregava minhas canetas, meu caderno, um novelo de linha verde e os
formulários para avaliação diagnóstica, além de insegurança, receio,
curiosidade, mas ao mesmo tempo, muita, muita fé...
Que lindoooo!!!��������
ResponderExcluirObrigado Gislayne pelo incentivo... Continuarei escrevendo!
ExcluirTrabalhei como enfermeira de UTI no Hospital da Irmã Dulce em Salvador. Nunca tinha passado por tantas situações graves, com pacientes graves, como a que passei. Mas no meu setor tinha uma foto dela na parede, Dulce, que olhar doce... logo abaixo dela duas palavras: Tenha Fé.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar... Fé, fundamental!!!
ExcluirEh Jairo! Eu fiz a sletividade de Várzea Grande e fui aprovada em 6º, tô aqui esperando a chamada! Vamos firme!
ResponderExcluirFirmes, sempre!!!
ExcluirQue bom. Você tem um diário de bordo. Gostei! Ajuda a relaxar, e compartilhar suas expectativas.
ResponderExcluirQue bom. Você tem um diário de bordo. Gostei! Ajuda a relaxar, e compartilhar suas expectativas.
ResponderExcluirEstou esperando um texto semanal... É sempre bom saber das experiências de quem a gente está sempre torcendo a favor! Parabéns amigo.
ResponderExcluirAgora essa sua mochila deve estar repleta de expectativas, mais sonhos e vários rostinhos( de surpresa, de alegria) dessas crianças ai.
ResponderExcluirCoisas boas a gente tem quw compartilhar,né?! E eis que ressurge o bloguinho.
massa!
Obrigado pela visita. Grande abraço! Nosso bloguinho tá mesmo de volta !!!
ExcluirLinda e emocionante história, Jairo! Lendo-a percebo que é bem semelhante a história dos demais que sobreviveram ao concurso. Aí pensei: Ih, a facu não nos ensinou a fazer um plano surpresa para o primeiro dia de aula! Então, sugeri às minhas amigas fazermos um plano pra cada turma/ano para qdo passarmos no próximo concurso. kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEstou esperando você. O próximo concurso é seu! Grande abraço!
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